Foram anos muito felizes. Passávamos horas jogando bola, war e andando de bike. A vida separou alguns dos amigos, mas sempre vou lembrar daqueles momentos.
Às 09:00 do dia 01 de Maio eu estava em frente à TV, como a maioria dos brasileiros na época. Foi muito sofrido mas por algum motivo eu não chorei. Talvez por vergonha, talvez por não ter caído a ficha de que ele poderia morrer. Para quem era fã como eu, ele sempre parecia ter um ar de imortal, de super-herói.
Lembro que eu chorei e bastante, somente 6 anos depois, quando o Rubinho ganhou sua primeira corrida na F1. E naquele momento, lembrei do choro guardado de 1994.
Naquela época eu era uma criança e com certeza o achava um Deus. Vê-lo morrer ao vivo foi meu primeiro contato mais próximo com a morte. Eu nunca tinha ido ao enterro de algum parente e meus pais sempre tentavam me proteger do tema, como qualquer pai costuma fazer com seu filho (a).
Hoje, olhando de forma mais adulta, não acho o Senna um Deus, o salvador do Brasil, um homem sem defeitos. Isso é imagem criada pela mídia e pelo senso comum. Qualquer celebridade que morre precocemente costuma ser mais valorizada do que realmente é.
Ayrton Senna foi talvez o melhor piloto de F1 que já existiu. Se foi o melhor ou um dos melhores não importa. O que importa é seu legado. Ele conseguiu mobilizar uma nação que passava por momentos muito difíceis no final dos anos 1980 e início dos 90 para algo positivo: vencer, buscar a perfeição, lutar para ser o melhor. Isso é o que entra para a história. O resto é resto.
É isso que busco na minha vida e a lição que ficou para mim. Ser o meu melhor a cada dia.
Você já imaginou como será o mundo no dia em que todos conhecerem seus talentos e os praticarem em sua vida pessoal e profissional?
Amanhã faz 20 anos e já tem gente por aí que nunca ouviu falar de Ayrton Senna. Se você é um deles, aqui vai uma mostra do que ele fazia:
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