5 de jan. de 2013

A Balada do Louco



O filme Loki - Arnaldo Baptista é uma lição de vida.

Uma lição que nos mostra que é possível trazer mais alegria e inocência de volta ao mundo.

Arnaldo criou Os Mutantes no final dos anos 1960 junto com seu irmão Sérgio e Rita Lee. Uma banda revolucionária que foi um dos pilares da Tropicália e inovou ao criar um Rock and Roll verdadeiramente brasileiro.

Sucesso, drogas, brigas e separações.

Até aí nada de novo para uma banda de Rock.

Mas o que verdadeiramente importa na vida não é a quantidade de dinheiro no banco, os diplomas na parede, os aplausos. A JORNADA é o mais importante.

Afinal de contas, o que estamos construindo? Qual é a nossa jornada?

E Arnaldo, com seus altos e baixos, teve (e está tendo) uma jornada fantástica. Um grande aprendizado sobre amor, nascer, morrer e renascer. Sobre criar novos caminhos, talentos e sonhos.

Ele viveu intensamente sua Balada do Louco.


Dizem que sou louco por pensar assim

Se eu sou muito louco por eu ser feliz

Mas louco é quem me diz

E não é feliz, não é feliz


Se eles são bonitos, sou Alain Delon

Se eles são famosos, sou Napoleão


Mas louco é quem me diz

E não é feliz, não é feliz

Eu juro que é melhor

Não ser o normal

Se eu posso pensar que Deus sou eu


Se eles têm três carros, eu posso voar

Se eles rezam muito, eu já estou no céu


Mas louco é quem me diz

E não é feliz, não é feliz

Eu juro que é melhor

Não ser o normal

Se eu posso pensar que Deus sou eu


Sim sou muito louco, não vou me curar

Já não sou o único que encontrou a paz


Mas louco é quem me diz

E não é feliz, eu sou feliz


Balada do Louco - Os Mutantes, 1972.



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