É impressionante perceber como mesmo entre nações do chamado "Mundo Ocidental", há diferenças marcantes. Por exemplo, a cultura brasileira e latina é muito mais coletivista e emocional, enquanto os britânicos são individualistas e mais intelectuais.
Quando um brasileiro vai descrever um problema ou uma situação particular que está vivendo, geralmente começa com: "Estou sentindo...". No caso dos britânicos, é muito comum escutar: "Eu penso que...".
Embora os brasileiros sejam mais coletivistas, estamos ainda muitos passos atrás dos britânicos e do Reino Unido enquanto nação no que se refere a organização social em prol de uma causa comum.
Exemplos:
Embora o engajamento social do brasileiro tenha melhorado desde a retomada democrática de 1985, ainda é muito comum notar espaços públicos abandonados nas grandes cidades brasileiras.
O padrão que se repete: governo constrói, faz um grande marketing em cima da inauguração e depois não aloca recursos para a manutenção.
E o que ocorre depois?
Geralmente nada. Em muitos casos, vizinhos não são capazes de se organizar para cobrar o governo ou propor soluções como a manutenção compartilhada do espaço pelo governo e sociedade civil.
No Reino Unido, embora sejam mais individualistas, há muito mais engajamento social. Espaços públicos são limpos, organizados, seguros. E muitas vezes mantidos por associações de bairros.
A cobrança sobre o governo é maior e paradoxalmente a dependência do povo em relação a um governo é menor.
Quando vi a notícia abaixo, achei que faz todo o sentido.
Embora o Brasil esteja vivendo um momento econômico especial, não podemos perder a oportunidade de olhar para o que ainda precisa ser feito em nosso país. O que podemos aprender com as outras nações, quais são as melhores práticas que precisamos incorporar, etc.
E no que se refere a voluntariado e doações para ONG's, temos muito o que aprender...
Obs: aqui vão alguns bons sites para quem quer iniciar uma atividade voluntária. Vale a navegação.
www.voluntarios.com.br
www.voluntariado.org.br
O Brasil caiu nove posições e aparece em 85º lugar - empatado com a Argentina - em um ranking que classifica os países pelo nível de generosidade de seus cidadãos.
Atualizado em 22 de dezembro, 2011 - 10:01 (Brasília)
Fonte: BBC Brasil - www.bbc.co.uk/portuguese
O índice, elaborado pela entidade Charities Aid Foundation (CAF), com sede no Reino Unido, é elaborado por meio de uma pesquisa que faz três questões: se a pessoa, no último mês, doou dinheiro a uma instituição de caridade, se ela realizou trabalho voluntário ou se ajudou algum estranho ou alguém que ela não sabia se precisava de ajuda.
A média simples do percentual das respostas positivas a essas três perguntas resulta no índice de cada país.
Assim, em 2011, o Brasil apresentou um índice de generosidade de 29%, com 48% dos entrevistados afirmando que ajudaram um estranho, 26% dizendo que doaram dinheiro a instituições de caridade e apenas 14% relatando participação em trabalho voluntário. Em 2010, o país apresentou um índice de 30%, ficando na 76ª posição.
Em termos de voluntariado, o Brasil caiu um ponto percentual em relação a 2010, ficando em 101º lugar, empatado com África do Sul, Bangladesh, Camarões, Itália, Mali, Marrocos, Moçambique e República Democrática do Congo.
O ranking é liderado pelos Estados Unidos, país que estava em quinto lugar em 2010. Em segundo lugar, aparece a Irlanda, que subiu uma posição em relação ao ano passado, seguida por Austrália (3º) e Nova Zelândia (4º), que, na pesquisa anterior, estavam empatados em primeiro lugar. O Reino Unido subiu três posições e é quinto.
As últimas posições do ranking são ocupadas por Croácia, Albânia, Grécia, Burundi e Madagascar, que tem o pior resultado geral.
A CAF calculou os índices com base em uma pesquisa realizada pelo instituto Gallup, que entrevistou mais de 150 mil pessoas em 153 países.
Melhora global
De acordo com a CAF, o estudo de 2011 indica um aumento na generosidade dos cidadãos dos países pesquisados, com um aumento do índice global de 31,6% em 2010 para 32,4% neste ano.
A entidade afirma que foi verificado um aumento na ajuda a estranhos e no tempo dedicado a trabalhos voluntários. Por sua vez, as doações em dinheiro tiveram queda.
Segundo a pesquisa, o maior aumento de generosidade em 2011 foi verificado na Ásia, com quatro das cinco regiões do continente apresentando melhora no índice.
A CAF recomenda aos governos que garantam a existência de ministérios responsáveis por promover ações de caridade mais efetivas, enquanto as empresas devem incentivar seus funcionários a participar de trabalhos voluntários e facilitar o apoio às comunidades locais.
De acordo com a CAF, o estudo de 2011 indica um aumento na generosidade dos cidadãos dos países pesquisados, com um aumento do índice global de 31,6% em 2010 para 32,4% neste ano.
A entidade afirma que foi verificado um aumento na ajuda a estranhos e no tempo dedicado a trabalhos voluntários. Por sua vez, as doações em dinheiro tiveram queda.
Segundo a pesquisa, o maior aumento de generosidade em 2011 foi verificado na Ásia, com quatro das cinco regiões do continente apresentando melhora no índice.
A CAF recomenda aos governos que garantam a existência de ministérios responsáveis por promover ações de caridade mais efetivas, enquanto as empresas devem incentivar seus funcionários a participar de trabalhos voluntários e facilitar o apoio às comunidades locais.
Aos cidadãos comuns, a entidade pede que pelo menos 1,5% da renda individual seja destinado a caridade, com os mais ricos dando proporções maiores. Ela pede também que os doadores assegurem doações regulares às entidades e busquem maneiras eficientes de dar dinheiro, podendo fazer uso de mecanismos oferecidos pelo Estado como abatimento de impostos.
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